O que é open banking e como funciona?

PUBLICADO EM

27/08/2021

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5 minutos

REDATOR(A)

Allan

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Índice

Open banking é o nome dado à operação que visa possibilitar que o cliente compartilhe seus dados entre instituições financeiras. Assim, melhorando o relacionamento do mesmo com novas instituições, além de ter a possibilidade de aproveitar melhor produtos, taxas e mudanças.

Eu sou Allan Almeida, e no artigo de hoje vamos entender como funcionará o open banking.

Caso prefira ver em vídeo:

O que é open banking?

O open banking é uma operação criada a fim de facilitar o compartilhamento de dados do cliente de uma instituição com outras. Tudo isso pensando encurtar o tempo necessário para relacionamento “estável” em uma nova conta ou operação.

Em livre tradução do inglês, o termo significa “banco aberto”, como uma rede aberta de compartilhamento de dados e históricos. Os principais agendes dessa novidade são bancos digitais como, Nubank, e fintechs, como a Seja Best. Porém, os grandes bancos como, Itaú, Bradesco e Santander, não ficaram de fora dessa revolução, apenas tem o problema de os processos serem mais “lentos”.

No Brasil, essa implementação se dá por meio do Banco Central do Brasil (Bacen) e será concluído até junho de 2022, segundo informações do mesmo.

Mas, indo em contra mão do que muitos pensam, o open banking não será uma revolução e sim uma evolução, comenta Breternitz.

“Creio que Open Banking será útil, mas não irá causar uma revolução no sistema bancário, não no curto prazo”, afirmou o doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP) e também professor coordenador da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Quando começa o open banking

Todo o planejamento do open banking começou em 2019, com o início da implementação em 2020, sendo brevemente adiado por conta da pandemia, mas no dia 13 de agosto de 2021, foi formalmente lançado em partes ao mercado pelo Bacen, pois diferente do que muitos pensam, o open banking terá um processo progressivo de abertura.

Onde o open banking está sendo aplicado:

Como funciona open banking

Como citado acima, o open banking é o nome dado a operação de transferência de dados de um cliente para outra instituição.

Exemplo:

Imagine que você tem um ótimo relacionamento com o banco A. Porém, os processos e produtos do banco B são infinitamente melhores do que do banco A, então você resolve optar pelo melhor, segundo a sua concepção. Antigamente nesse processo, você precisaria abrir uma conta na instituição B, e esperar pelo menos 1 ano até que seu histórico se formasse, a fim de que você pudesse gozar de todos os benefícios daquela instituição, afinal a confiança é construída com base no tempo.

Agora, esse fato mudou, pois com o open banking você não leva apenas seus dados, históricos e operações, mas sim o seu tempo de relacionamento e confiança dentro da sua antiga instituição. Isso melhora a confiança do novo banco em você, e encurta o tempo para que você possa usar todos os produtos de forma completa.

As vantagens dessa nova operação são claras:

Mais confiança em menos tempo;

Com mais confiança mais produtos e menos juros;

A liberdade de poder escolher o que é melhor para você;

O verdadeiro conhecimento sobre seu histórico (acabando com a necessidade de consultar o score, num futuro próximo).

Quando começa o open banking

Apesar de ter começado seu planejamento em 2019, a implementação do open banking do Brasil se deu apenas em 2020, com amplo compartilhamento em 2021.

Confira abaixo o cronograma de implementação, de acordo com o Banco Central.

  1. Fase: A primeira fase teve início no dia 1/02. Nela, foram abertos os dados das instituições participantes, seus canais de atendimento e os produtos e serviços que oferecem – como contas de depósito à vista, poupança, pagamento e operações de crédito. Essa 1ª fase não envolve o compartilhamento de dados de clientes. 
  2. Fase:  Na segunda fase, que começa no dia 13/08, o cliente poderá compartilhar seus dados pessoais de cadastro, como nome completo, CPF/CNPJ, telefone, endereço e dados de transações relativas aos produtos e serviços de suas contas. Tudo isso acontece somente com a autorização da pessoa.
  3. Fase: Na terceira fase, com início em 30/08, vai ser possível iniciar um pagamento fora do ambiente do banco via Pix. Clientes poderão ter acesso a serviços como pagamentos e propostas de crédito por um aplicativo de mensagem, por exemplo.
  4. Fase: Na quarta fase, que terá início em 15/12, será possível o compartilhamento de outros dados de produtos e serviços, como informações relacionadas a operações de câmbio, investimentos, seguros e previdência.

Ainda há um cronograma previsto para 2022, quando haverá a liberação gradual de outras funcionalidades. Confira as datas:

15 de fevereiro de 2022 Compartilhamento de serviços e transferências entre contas do mesmo banco e TED

30 de março de 2022 Compartilhamento do envio de propostas de operações de crédito a clientes que aderirem ao open banking

31 de maio de 2022 Compartilhamento de dados de clientes sobre demais operações financeiras, como câmbio, investimentos, previdência e seguros

30 de junho de 2022 Compartilhamento de serviços de pagamento por boleto 30 de setembro de 2022 Compartilhamento de serviços de débito em conta.

Open banking e LGPD

O open banking visa o compartilhamento de dados financeiros, que só pode ser autorizado pelos clientes (aceitar ou não), ou seja, está totalmente de acordo com a lei geral de proteção de dados (LGPD)

Lembrando que, o processo deve ser feito por meio digital, reforçando ainda mais a segurança do mesmo.

Open banking e fintechs

Mas, se para os bancos isso é uma novidade “mais ou menos”, para as fitenchs o open banking será crucial, justamente pelo fato que as mesmas necessitam dos dados e relação dos clientes com um banco especifico, para ofertar aos outros que dispõe de uma taxa e processo melhor.

Exemplo:

Imagine que o cliente faz uma simulação na Best, e posteriormente na cotação descobre que a taxa do Itaú é melhor do que a do banco original dele. Então esse cliente precisa abrir uma conta no Itaú, e passar todo o tramite interno de análise de perfil no Sisbacen. Já com o open banking, esse quadro muda, pois o cliente pode compartilha com o Itaú (nesse caso), toda a sua vida financeira na instituição original do mesmo, fazendo com que a análise seja mais rápida, precisa e leve.

É seguro?

Por ser um sistema onde o próprio cliente decide se vai ou não compartilhar seus dados com alguma instituição financeira, o open banking torna-se seguro.

Mas, para sanar todas as dúvidas, vou esquadrinhar algumas perguntas e respondê-las.

1 – Todas as instituições terão acesso aos dados?

Sim, qualquer instituição financeira pode ter acesso aos seus dados, se for do seu expresso desejo. E essa comunicação se dará por meio do sistema criado pelo Banco Central.

2 – O acesso aos dados é tempo indeterminado?

Não, segundo as diretrizes do banco central, o acesso os seus dados ficaram “aberto” durante 12 meses. Obviamente que esse prazo pode variar de acordo com o objetivo da tomada de dados.

3 – O que fazer em casos de fraudes, vazamento de dados, ou golpes?

Só existem duas formas dos seus dados vazarem para fora do sistema de compartilhamento, falha humana e falha de sistemas. Levando em consideração os dois casos, você deve avisar primeiramente o banco A e depois ao banco B. Caso nenhum dos dois resolva, você deve procurar o Banco Central e tomar as medidas legais cabíveis.

4 – Quem vai fiscalizar as instituições financeiras?

Na pratica, existira um sistema de fiscalização desenvolvido pelo Banco Central, que irá regular todas as instituições participantes do open banking.

5 – Será possível cancelar um compartilhamento de dados?

Sim, você tem direito sobre seus dados, de forma completa e irrestrita.

Conclusão

É impossível olhar para esse novo sistema e não entender o tamanho da evolução que ele trará para a sociedade, principalmente quando falamos de LGPD.

Olhando para esse cenário, nunca foi tão simples fazer uma operação financeira. Por isso, caso você precise fazer (seja um financiamento ou empréstimo), a Seja Best é uma opção.

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