Existe uma variedade de investimentos em Startups. É algo que vem crescendo cada vez mais no mundo e também no Brasil.
Quer entender melhor como funcionam os investimentos para startups? Acompanhe a seguir algumas opções:
1. Aceleradoras
Uma aceleradora pode ser uma boa opção para uma startup em seu estágio inicial, já que esse tipo de organização oferece muito mais do que o simples apoio financeiro.
É importante saber que a aceleradora exige participação no capital da empresa (em alguns casos, o percentual pode chegar a 20%).
Aceleradores são marcas que concentram os seus investimentos em empresas que permitem um crescimento ágil por meio da escalabilidade das atividades e da conquista de fatias de mercado.
Além da injeção de capital, essas organizações oferecem:
- auxílio na captação de clientes;
- auxílio na modelagem de negócio;
- mentoria;
- proximidade com outras instituições para parcerias-chave;
- rede de contatos para desenvolvimento e expansão.
2. Investidor-anjo
Um investidor-anjo é uma pessoa física que injeta capital próprio em uma empresa cuidadosamente selecionada, em troca de retorno sobre o lucro do valor aplicado.
Para conquistar um investidor-anjo, é preciso ter um plano de negócio bem-estruturado, com projeção de despesa e lucro, além de um bom pitch de apresentação.
Normalmente, eles se reúnem em grupos de pessoas bem-sucedidas para procurar startups atuantes em seus respectivos segmentos de negócio. Em média, os valores injetados variam entre R$ 50 mil e R$ 700 mil.
Hoje, esse é um dos tipos mais populares e procurados. Para atrair um anjo para o seu negócio, é preciso providenciar:
- um pitch de apresentação da startup;
- um pitch de vendas (caso seja solicitado);
- um plano de negócio;
- uma projeção financeira que englobe aplicações, investimentos, ganhos, gastos e captação de clientes;
- a procura por investidores compatíveis com a sua área de negócio.
As startups inovadoras que faturam menos de R$ 1 milhão ao ano e apresentam um potencial mercadológico têm grandes chances de serem escolhidas por investidores-anjo.
3. Investimento semente (Seed)
Gera fundos que apoiam o trabalho inicial de pesquisa como descobrir o que o produto será e quem serão os usuários ou consumidores. Esse dinheiro também ajuda a montar uma equipe mais profissional, já que até essa fase muitos empreendedores estão trabalhando sozinhos ou com pouquíssimos colaboradores. O aporte de capital varia entre R$ 700 mil a R$ 2 milhões.
Series A: nessa fase a base de usuários é otimizada e cria-se novas ofertas de produtos e serviços, dimensionando o produto em diferentes mercados. Desse modo, a startup deve ter um plano de negócios que gere lucro a longo prazo. São investidos de R$ 2 milhões a R$ 20 milhões.
Series B: nessa etapa, investidores se propõem a contribuir para escalar o negócio, expandindo o alcance de mercado da startup, além do aprimoramento de processos, novas contratações e até mesmo adquirindo outras empresas. O investimento pode chegar às dezenas de milhões.
Series C: o objetivo do investimento é acelerar a empresa em todos os aspectos, lançando-a no mercado internacional e/ou adquirindo novas companhias. Empresas maduras e de alto potencial são o foco principal dos investidores nessa fase, já que eles têm a intenção de receber mais que o dobro da quantia de volta.
4. Venture Capital
Para arrecadar fundos de Venture Capital, o negócio deve ter uma solução já montada e rodando, com uma boa cartela de clientes a fim de comprovar que é uma startup escalável em termos de investimentos financeiros e de mercado.
A injeção de capital ocorre de diversas formas, como por meio de direitos de participação ou de aquisição de ações.
Porém, vale dizer que é mais do que um simples financiamento, pois o investidor, de fato, passará a ser o proprietário de uma parcela do empreendimento e compartilhará a gestão com o dono.
Cada vez mais empreendedores brasileiros estão se beneficiando com os fundos de capital. Alguns desses fundos não têm origem brasileira, mas concentram seus recursos em startups do nosso país. Entre as principais estão Kaszek Ventures, Valor Capital Group, Redpoint Eventures, Astella e Monashees.
Investidores procuram por líderes que saibam trabalhar em períodos turbulentos e que entreguem valor a todos os envolvidos. Por isso, é necessário estar bem preparado e saber muito bem o que quer para o futuro.
5. Private Equity
Essa opção implica em abrir mão de parte da empresa e permitir que os investidores envolvidos participem ativamente do plano de gestão para maximizar o resultado. Em contrapartida, o valor envolvido pode chegar a mais de R$ 30 milhões.
Embora a concessão de aporte dependa muito mais do potencial de crescimento e do planejamento estratégico, existem alguns critérios que todo empresário deve observar ao procurar investimentos para startups:
- certifique-se de que seu produto tem valor de mercado e potencial de faturamento;
- mantenha um bom relacionamento com o investidor;
- preze a transparência para gerar credibilidade;
- aceite a cobrança como parte natural do processo;
- atualize o investidor sobre todo avanço e dificuldade em cada etapa;
- cerque-se de uma equipe competente;
- entenda a fundo seus direitos e deveres antes de fechar uma parceria ou assinar um contrato.
Além disso, é fundamental analisar os prós e contras de cada opção de investimentos para startups antes de escolher a mais adequada à sua realidade e ao objetivo de curto, médio e longo prazo do negócio.
Não existe uma regra única ou apenas um caminho, pois cada empresa tem sua particularidade. Uma injeção de capital que deu certo no estágio inicial da marca não é necessariamente a melhor opção na fase de crescimento ou escala.