Ministério da Economia reduz projeção da inflação para o fim do ano

PUBLICADO EM

18/11/2022

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REDATOR(A)

Allan

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A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia reduziu a projeção da inflação para o fim de 2022, mantendo a estimativa de crescimento.

A projeção de inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou de 6,3% para 5,85%.

Porém, ainda está acima da meta de inflação para o ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2% e o superior é 5%.

No ano, o IPCA já acumula alta de 4,7% e, em 12 meses, o índice total está em 6,47%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado para estabelecer o valor do salário mínimo e corrigir aposentadorias, deverá encerrar este ano com variação de 6%, uma queda de 0,54 ponto percentual em relação ao boletim anterior.

A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que inclui o setor atacadista e o custo da construção civil, é de 6,11%, inferior à taxa registrada em 2021 (17,74%).

PIB

A estimativa para o aumento do PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país, ficou em 2,7%, mesmo número divulgado no boletim anterior, em setembro.

Segundo a SPE, o desempenho do emprego, do setor de serviços e da taxa de investimento justificaram a manutenção.

Já esperava-se desaceleração da atividade econômica no segundo semestre deste ano, resultado dos efeitos defasados do ciclo de ajuste da política monetária (aumento de juros pelo Banco Central).

No entanto, projeta-se que os impactos se reduzam ao longo do próximo ano.

Em 2021, o PIB do Brasil cresceu 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões. Apesar de manter a estimativa para 2022, a SPE reduziu a previsão de crescimento em 2023 de 2,5% para 2,1%.

Segundo o órgão, o cenário externo mais adverso, com a alta dos juros da economia norte-americana e a guerra na Ucrânia, afeta a expansão econômica no resto do mundo.

Já a projeção para 2024 foi mantida em 2,5%.

Perspectivas

Apesar de reconhecer a desaceleração da economia no terceiro trimestre, a SPE espera que a recuperação econômica se mantenha no quarto trimestre, puxada pelos serviços e pela estabilidade na agropecuária.

Segundo o órgão, os efeitos do aumento da taxa Selic pelo Banco Central são os principais responsáveis pela queda no ritmo de crescimento.

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